O Acidente Vascular Cerebral (conhecido como derrame cerebral) é a segunda causa de morte e também de incapacidade no Brasil e no mundo. Até 90% dos casos podem ser prevenidos com medidas comportamentais e acompanhamento médico adequado. Nesse artigo, listo 10 fatores de risco modificáveis que foram estudados em uma população de mais de 26 mil pessoas em 32 países e foram relacionados ao AVC. Corrigir esses fatores de risco não só previne o AVC, como também nos leva a ter uma vida mais saudável.
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Vamos lá!
1
Tratar a hipertensão (pressão alta)
A pressão alta foi demonstrada como fator de risco responsável por 48% dos AVCs estudados. Hipertensão é fator de risco tanto para AVC isquêmico quanto para AVC hemorrágico, mas é ainda mais importante para esse último.
A hipertensão ou pressão alta é uma doença silenciosa. Muitas pessoas só descobrem quanto apresentam alguma complicação decorrente dela. O acompanhamento médico de rotina evita isso.
2
Parar de fumar
Embora o hábito de fumar esteja se tornando menos frequente, permanece como importante fator de risco para AVC. Nesse estudo, foi responsável por 15% dos AVCs isquêmicos.
Tabagismo também dificulta o controle da pressão alta, aumenta o risco de infarto do miocárdio, doenças pulmonares e câncer. Essas outras condições também podem contribuir para o AVC.
3
Perder peso
Obesidade, medida no estudo pela relação entre a circunferência da cintura e do quadril, foi responsável por 20% dos AVCs isquêmicos. Esse número é ainda maior na América do Norte e Europa Ocidental, onde chega a 38%.
A mudança de hábito alimentar do brasileiro e o aumento da obesidade causam preocupação por que trazem junto consigo o aumento do risco de várias doenças, além do AVC.
4
Manter dieta saudável
Dieta menos saudável foi associada a 23% dos AVCs e o risco se mostrou maior entre as mulheres. Além disso, a ingesta diária de frutas e vegetais é fator protetor para AVC, ou seja, diminui seu risco.
5
Fazer atividade física regular
O sedentarismo foi responsável por por 36% dos AVCs, sejam isquêmicos ou hemorrágicos. Além de prevenção do AVC e outras doenças cardiovasculares, como infarto, a prática regular de atividade física traz outros benefícios como melhor controle da pressão e do diabetes, previne demências, ajuda no controle das dores, incluindo dor de cabeça.
6
Não abusar do álcool
Alto consumo de álcool dobrou o risco de AVC na população do estudo e aumentou em 7 vezes o risco de AVC hemorrágico, a forma mais grave, entre os sulamericanos. 10% dos AVCs hemorrágicos e 4,6% dos isquêmicos foram atribuídos ao uso de álcool.
7
Controlar o colesterol
O colesterol alto, medido pela relação entre o colesterol LDL (chamado de “colesterol ruim”) e o HDL (colesterol bom), foi responsável por 34% dos casos de AVC isquêmico no estudo. Não há, no entanto, relação causal com o AVC hemorrágico.
8
Tratar o diabetes
História de diabetes ou exame de glicemia alterado foi responsável por 7,5% dos casos de AVC isquêmico. Além disso, o diabetes mal controlado tem inúmeras outras consequências: aumento do risco de infarto, insuficiência renal, alteração visual (retinopatia diabética), dificuldade de cicatrização de feridas, dormência e dor nos pés e mãos, etc.
Como a pressão alta, o diabetes também é uma doença silenciosa que só pode ser descoberta precocemente com realização de exames. O acompanhamento médico deve incluir o rastreio de diabetes na maioria dos casos.
9
Evitar estresse
O estudo também avaliou fatores psicossociais e identificou que uma combinação de estresse da vida domiciliar e no trabalho, eventos estressantes e depressão aumentam o risco de AVC isquêmico e hemorrágico. 17% dos AVCs foram atribuídos a fatores psicossociais.
10
Fazer acompanhamento médico regular
Várias doenças, além da hipertensão e diabetes já citados, podem aumentar o risco de AVC. Entre elas, estão as doenças cardíacas, como a fibrilação atrial, e as estenose de carótidas. No estudo, doenças cardíacas foram responsáveis por 10% dos AVCs isquêmicos.
Essa lista é apenas uma referência dos principais fatores que aumentam o risco de AVC. Manter hábitos saudáveis e fazer acompanhamento médico regular diminuem o risco de AVC e outras doenças. Se você tem dúvidas de como cuidar da sua saúde, converse com seu médico.
Fonte: Lancet, 2016
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